
Entrevista: Martim Vasques da Cunha
O autor de A tirania dos especialistas e O Contágio da mentira, fala sobre o futuro da democracia, das ameaças ideológicas e também do seu novo curso: O Grande Reset.
– Por Maurício Avoletta
O autor de A tirania dos especialistas e O Contágio da mentira, fala sobre o futuro da democracia, das ameaças ideológicas e também do seu novo curso: O Grande Reset.
– Por Maurício Avoletta
[Março de 2021] Destaque: Michael Oakeshott: com uma seleção de livros para compreender melhor essa época de caos e confusão que vivemos.
Sartre dizia que estamos condenados a ser livres. Mas não queremos a liberdade, não queremos ser responsáveis por nossas escolhas que, invariavelmente, serão erradas e condenadas no tribunal das redes sociais. Preferimos algo pasteurizado, um ethos ready-made que pode ser útil a nossa alto imagem.
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A revolta é o espírito da negação, dizia Camus. E o homem é a única criatura que se recusa a ser o que é.
Na comédia O grande Cophta, Goethe retrata a decadência da sociedade francesa pré-revolucionária a partir de um caso verídico: o do colar da rainha Maria Antonieta.
As notícias e os debates na imprensa tornam-se irrelevantes e são substituídos por meras impressões e emoções pessoais que justifiquem algum engajamento político, o que faz da fake news não apenas um resultado lógico, mas algo desejável.
Os mágicos Penn e Teller enganam o público de forma ousada: revelam o segredo logo no início. Mas tudo é tão bem feito que a dúvida permanece. A incredulidade é a mesma dos movimentos de massa: o truque está todo ali, mas a vítima já foi capturada.
Jornalista, cientista político, professor da Universidade Católica Portuguesa e autor do livro As ideias conservadoras explicadas a revolucionários e reacionários, Três Estrelas, 2014, 128 págs.
Já temos o ambiente ideal para o advento do homem-massa de Ortega y Gasset. O señorito satisfeito que acredita ser portador de todos os direitos que sua vontade pode conceber; que acredita ter a vocação de opinar sobre tudo, porém, perdeu a audição: não ouve, não permite que outros tenham opiniões diferentes.
Com uma quantidade infinita de informações, a tendência é de que a qualidade diminua e a mídia se torne banal. Nossa atenção é sempre disputada pela diversidade de entretenimentos ao nosso redor.
No início do seu Discurso do Método, Descartes apresenta a razão matemática como uma nova ciência que substituiria a erudição eivada de superstições; portanto, não seríamos mais enganados pelas histórias e fábulas extravagantes que vigoravam até a chegada do cartesianismo.
Parece ser uma tradição histórica depositar toda a confiança em um indivíduo que irá representar a alma de uma nação. Trata-se de um ser paternal que paira acima das instituições.
As anotações de Chesterton no livro «Platitudes in the Making Precepts and Advices for Gentlefolk», de Holbrook Jackson, lavam a alma de qualquer editor.
Não é necessário provas nem documentos registrados em cartório para se afirmar que a discórdia e a inimizade são antigas como a humanidade. A nossa história é repleta de fatos e narrativas que indicam uma certa inclinação do homem para a auto-destruição.
Músico, escritor, polemista e best seller. Autor dos livros “50 Anos a Mil”, “Manifesto do Nada na Terra do Nunca”, “Em Busca do Rigor e da Misericórdia”, e o “Guia Politicamente Incorreto dos Anos 80 Pelo Rock”.
Existem mil motivos para criticar Jordan Peterson, mas somente a Revista Época conseguiu ignorar todos eles para criticar os outros motivos que fazem de Peterson um pensador importante na nossa época.
O homem das cavernas só aparece no século XIX. Antes, pensávamos ter sido antecedidos na Terra pelos deuses; os antigos jamais imaginavam que pudessem descender de um macaco.
Publicado pela Agir, em 1980, Conversa em Sol Menor é composto de memórias de jornal recolhidas do mestre carioca e costuradas pelo escritor Paulo Rodrigues de tal modo que deram um livro autobiográfico póstumo, publicado em 1980.
Na sociedade contemporânea, há uma capacidade de ler consternadoramente desacompanhada de entender a fundo o que se lê.
São memórias de jornal recolhidas do mestre carioca e costuradas de tal modo que deram um livro autobiográfico póstumo, publicado em 1980. Por Paulo Rodrigues Vamos logo dar um exemplo, para o leitor sentir melhor …
Num concerto em Tóquio, ainda em 2014, o maestro japonês Joe Hisaishi colocava um ponto final na discussão sobre a hierarquia de valores em relação às artes. Conduzindo a Orquestra Filarmônica do Japão da insalubridade …
Breve resenha de Our Political Nature, do antropólogo, evolucionista, psicólogo, consultor político, orador e norte-americano Avi Tuschman.
Adorno não gostava de assobios. Mais especificamente de jovens no metrô assobiando o final da 1ª Sinfonia de Brahms. Para o filósofo, nada é mais ultrajante do que a vulgarização da música, nada é mais desprezível …
Simone Weil, na década de 40, escreveu suas notas pela supressão geral dos partidos políticos. Para ela, os partidos são apenas máquinas de paixões coletivas pelas quais as pessoas penhoram suas individualidades em nome de …
É o termo que o jurista espanhol Alejandro Nieto encontrou para descrever o sistema político vigente. Consiste, mais nas minhas palavras do que nas dele, em organizações criminosas arregimentadas sob siglas partidárias que, a cada …
Anne-Dauphine Julliand é uma jornalista francesa. Em 2006 descobriu que a sua filha de 2 anos sofria de uma doença genética degenerativa. Thaís era portadora de Leucodistrofia metacromática. Expectativa de vida: 1 ano. Mas a vida sempre nos guarda grandes surpresas. Anne-Dauphine engravidou de outra menina, batizada com o nome bastante peculiar, talvez até mesmo para franceses: Azylis. Assim, em 2007, quase ao mesmo tempo, ela perdia uma filha para uma doença devastadora e ganhava outra que logo após o nascimento foi diagnosticada com a mesma doença da irmã.