A Adversa um dia se pretendeu revista, mas nunca foi revista. Quase nasceu famosa, mas nunca foi famosa. Transformou-se, então, num mero projeto esquecido por ter sido adiado; mas uma ideia mirabolante demais para ser renegada.
A Adversa pretende tão somente uma inversão de valores numa época em que as coisas se aquilatam pelo número de views e a quantidade de likes. A Adversa, enfim, se importa com tudo aquilo que não é mais importante.
A Adversa sonha em um dia, como nos versos de Pound, poder preocupar-se com os assuntos habituais dos seres inteligentes. Nem mais nem menos. Uma modesta pretensão. Mas enquanto esse dia não vem – e nem virá, não nos iludamos –, espera sempre o pior. E isso tem lá sua vantagem. Porque somente o pessimista fica feliz quando acerta e também quando erra. E não nos esqueçamos que toutes les guerres depuis le Déluge ont eu pour musique l’Optimisme…
☙
Ezra Pound – in: The Cantos – Canto XI
And Platina said afterward,
when they jailed him
And the Accademia Romana,
For singing to Zeus in the catacombs,
Yes, I saw him when he was down
Ready to murder fatty Barbo, “Formosus”,
And they want to know what we talked about?
“de litteris et de armis, praestantibusque ingeniis”,
Both of ancient times and our own; books, arms,
And of men of unusual genius,
Both of ancient times and our own, in short the usual
Of conversation between intelligent men.