Vladmir Putin fez fama cavalgando ursos e mandado jogar polônio no cafezinho dos inimigos. Ele vende a imagem de um sujeito sinistro, perigoso, sempre tentando reviver o romantismo da Guerra Fria, com espionagens e bigodes postiços.
Agora pretende invadir a Ucrânia, “a qualquer momento”, diz a imprensa internacional. A diplomacia europeia e dos Estados Unidos estão fazendo hora extra para tentar dissuadi-lo dessa loucura. Biden prometeu pulso firme, mas voltou atrás e descompriu a palavra. Macron e Olaf Scholz prometem sanções econômicas “rápidas e drásticas”, caso a invasão ocorra.
Mas Putin não esta nem aí. Ele controla tudo na Rússia: a imprensa, o mercado, o governo, os mísseis katiúcha e os obsoletos cargueiros Antonov. Ele vive como um pequeno principe no seu asteróide com sua plantinha, sonhando em ter de volta uma a grande mãe, toda imperial, onde, quem sabe ele seria o novo Czar.
Porque hoje, na Rússia, Putin decide tudo sozinho, sem consultar ninguém. E talvez seja louco o bastante para invadir a Ucrânia ignorando o tal pulso firme de John Biden, e dando uma banana para as sanções econômicas “rápidas e drásticas” da França e da Alemanha.
A antiga União Soviética tentou subjugar o mundo à ditadura do proletariado. Falhou miseravelmente, mas deixou um rastro de destruição pelo caminho. Não será diferente com Putin: ele também falhará miseravelmente. Mas o problema é que o ursinho carinhoso do Kremilin está sempre disposto a levar o caos aos russos, aos ucranianos e quem mais tentar se opor à sua loucura imperialista.